7 de dezembro de 2011

Presente compartilhado

Só quem é mãe é capaz de entender o que significa ter seu filho nos braços.
Demorei 71 dias para ninar minha pequena pela primeira vez. Foi por uns poucos minutos. Minutos tão valiosos que eu nem vi passar... queria que não passassem nunca.
Nos olhamos, ela sorriu e chorou - só tinha escutado seu chorinho quando ela nasceu. Foi emocionante. Impossível descrever o que senti. Sou incapaz de traduzir em palavras o que aconteceu entre nós naqueles instantes mágicos.
Sou muito grata por poder viver isso... a Luna tem causado uma transformação tão grande em nossas vidas que nem me lembro bem de quem fui tempos atrás. Pareço outra pessoa; me sinto outra pessoa. Nasci outra naquele 26 de setembro...
Hoje, foi como nascer de novo também. Para mim e para ela. Foi como completar um ciclo que estava inacabado, que faltava fechar. Acho que foi isso. Encerramos uma fase e começamos outra.
Claro que muitas etapas virão - tomara que venham mesmo, estou pronta! - mas essa precisa ser comemorada com muita alegria. Foi uma vitória sofrida, suada, e muito esperada... obrigada aos amigos por nos ajudarem a passar o bastão nos momentos exatos e por torcerem, muito e sempre, por essa conquista! Noite enluarada com um brilho especial para todos!

*Posto nossa primeira fotinho juntas, ainda com um pouco de receio por causa da imagem da sondinha no nariz... não fiquem tristes nem se deixem abater, é só um canalzinho para alimentação... ela já respira sozinha e agora ganha peso para poder vir para casa (está com 1kg890)... e, afinal, eu precisava compartilhar essa imagem de Amor com vocês! Grata por tudo!



30 de novembro de 2011

Calendário do Advento

Resolvi fazer um 'calendário do Advento' este ano para as meninas acompanharem a chegada do Natal. Nos saquinhos, coloquei alguns 'mimos' que vão desde carimbinhos e doces, até 'vale-beijos' e imagens referentes à data...
Imaginem se já não estão superanimadas...

Pregadores feitos em EVA pela artista Pati Guerrato, um mais fofo que o outro!


Fiz saquinhos com números de 1 a 25, para coincidir com a chegada do Natal

Sol animadíssima para abrir os saquinhos... rsrsrs


O Calendário do Advento vem dos Luteranos alemães, que, ao menos até o começo do século XIX, faziam a contagem regressiva para o dia do Advento. Frequentemente, a contagem era feita com um simples risco de giz na porta a cada dia, começando em primeiro de dezembro. Algumas famílias tinha meios mais elaborados de marcar os dias, como acender uma nova vela (talvez a gênese das atuais coroas do Advento) ou pendurando um santinho na parede a cada dia.

Arte terapia

Nada melhor do que ocupar a mente nesses momentos de tensão.
Estava procurando alguma coisa diferente para fazer, como boa leonina que sou, e me lembrei dos trabalhos do amigo Johnny Baltazar... entrei no face, mandei uma mensagem para ele, combinamos detalhes... Resultado: curso básico de pintura country uma vez por semana, e em casa! Tudo de bom!!


Porta-chaves de galinha
  
Papai Noel

Também voltei a fazer minhas costurinhas, que aprendi a fazer com a querida amiga Kelcia na época em que estava de licença-maternidade pelo nascimento da Sol.  
Capa de caderno feito com o passo-a-passo da ana Maria Saciloto, no canal da Verapatchwork do Youtube

Bordadinho em toalha

11 de novembro de 2011

Quarenta e cinco

Ontem, Luna fez 45 dias.
Foram os 45 dias mais intensos da minha vida. Literalmente, dias de Terapia Intensiva. Aprendi muito sobre muitas coisas. Posso dizer que sei muito mais sobre prematuridade, UTI neonatal e todos os seus equipamentos: incubadora, monitores de frequencia, CPAP, cateter, sonda gástrica, NPP e tantos outros.
Mas, mais do que isso, aprendi sobre a vida, as outras pessoas e sobre mim mesma.
Durante todo esse período, pesquisei e conheci casos parecidos com o nosso. Muitas mães e pais que viveram ou vivem momentos difíceis dentro das UTI´s. Alguns com finais felizes, outros nem tanto, mas, com certeza, todos com alguma experiência de vida para compartilhar.
Também pude renovar meus votos de amizade com muitas pessoas que há tempos não via. Pelo facebook, muitos têm acompanhado nossa história e as vitórias de nossa pequena guerreira. Por lá, e por aqui, recebo manifestações de carinho e muita energia boa dos amigos de perto e de longe, que têm me ajudado muito a superar os desafios desses últimos dias e a quem eu serei eternamente grata.
A recuperação de nossa pequena tem sido à conta-gotas, do tamanho de seus passinhos, mas sempre positiva. Passou dos 970g  para 1.670g. Superou infecções, grandes e pequenas, e ainda as supera. Afinal, elas vêm e vão com uma rapidez inacreditável. Quando pensamos que uma etapa foi vencida, lá vem uma bacteriazinha ou um vírus dar mais trabalho.
Mesmo assim, ela vai se recuperando de maneira incrível. Hoje, estamos combatendo uma infecção no pulmão. Esperamos que ela responda bem aos antibióticos e logo possa dar adeus a ela também. A parte respiratória está sendo trabalhada e a máquina de oxigênio tirada aos poucos. O intestino, que deu bastante trabalho, agora está melhor. Já está recebendo 16ml de leitinho de 3 em 3h. Com o uso de sedativos, nossa pequena desenvolveu o que os médicos chamam de 'síndrome de abstinência'. Para tratar os sintomas, está tomando outros remédios (vai entender, né?)... Hoje ou amanhã tudo pode mudar, afinal numa UTI as coisas acontecem rapidamente. Mas seja lá quais forem as mudanças, tenho certeza de que nossa pequena se sairá muito bem, pois ela tem demonstrado a todo o momento que está disposta a lutar pela vida e que tem pressa para estar com sua família.
Do lado de cá, tento dar o melhor de mim. Procuro manter minha serenidade, minha lucidez. Busco criar uma rotina para o restante da família, deixando sempre o lugar da pequena Luna bem demarcado, até para a Solzinha já ir se acostumando com a ideia... ciumentinha, a pequena!
O leite tem diminuído um pouco. Além de alugar a bomba elétrica, também estou tomando um remédio receitado pelo pediatra da UTI e reforçado por minha ginecologista, o Dogmatil. Parece que a produção tem aumentado. Tomara!!
Esperamos os próximos dias com certa ansiedade, mas tentamos viver um dia de cada vez, por mais clichê que isso possa parecer. Há coisas na vida que nos fazem repensar o sentido do tempo. E tudo o que tem acontecido conosco mudou completamente a forma como eu encaro a vida, o mundo, as pessoas. Estou totalmente transformada, e sei que ainda há muito ainda o que mudar. Estou pronta.

1 de novembro de 2011

"Se eu me salvei, foi pela fé, minha fé minha cultura, minha fé..." O Rappa

Sábado e domingo fomos ver nossa pequena Luna pela manhã. Como o boletim médico só sai às 18h, nada de notícias oficiais no final de semana. Apesar disso, valeu a pena mudar o horário de visita. Passamos o sábado com nossos amigos queridos (foi tão bom! Tava sentindo falta de todos. Obrigada!) e o domingo na maior preguiça. Hoje papai foi vê-la à tarde e conversou com o médico. Ainda sem grandes a...lterações em seu quadro clínico, nossa pequena-guerreira vem recebendo o leitinho da mamãe aos poucos: agora 5ml. Esse é mais um período de espera. Paciência sendo testada no limite. E fé também. Às vezes fico pensando sobre isso, sobre a fé. Parece algo tão irracional, apenas 'crer' que a vida tomará o caminho que desejamos... a 'Fé que Move Montanhas'... No entanto, não há nada de irracional nesse sentimento que carrego dentro de mim. É algo tão natural, como se algum tipo de 'conhecimento' me possibilitasse entender o sentido do sofrimento, tranformando-o em uma dor 'menor'. Como a dor do parto: no momento em que parecemos sucumbir, ouvimos o choro do bebê e, então, toda dor e sofrimento são recompensados.Bem disse Kardec: 'não há fé inquebrantável senão aquela que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade'. Em mim, a fé se apresenta como um sentimento positivo sobre as coisas. É a convicção de que existe a real possiblidade das coisas acontecerem conforme nosso querer. Além disso, creio no poder do pensamento, da palavra e das ações. Então, crer está intrinsecamente ligado a uma postura positiva perante às adversidades, já que essa forma de encarar as coisas ajuda a transformá-las, de alguma maneira, a nosso favor... Se paciência e calma são ingredientes fundamentais á fé, delas farei minhas companheiras inseparáveis. Vibrações positivas para todos!

26 de outubro de 2011

Um Mês

Hoje é um dia especial. Um dia de comemoração e de muita reflexão.
Hoje, comemoramos o primeiro mês de vida da Luna e, de certa forma, o meu também. Do parto, guardo alguns flashs: minha concentração para ficar acordada, algumas conversas sem sentido, o chorinho da minha pequena, o médico sentado ao meu lado tentando explicar o que tinha dado errado e como ele tinha consertado, e minha 'sorte', e do meu bebê, por termos sobrevivido... Tudo isso parece ter ficado em um passado tão longínquo, que às vezes tenho dúvidas se aconteceram dessa maneira mesmo; ou se aconteceram comigo... Nesses momentos, só tenho certeza do que realmente ficou: um Amor sem-fim pela pequena guerreira que ganhei.
Muitas coisas mudaram nesses últimos 30 dias. Dentro de mim, uma revolução. Quando soube que minha pequena ficaria na UTI assim que nascesse, fiquei tranquila. Sabia que ali ela seria bem cuidada. Os primeiros dias foram de apreensão. Porém, aquele pingo de gente, pesando menos de um quilo, demonstrou tanta coragem e vontade de viver que não tive outra escolha senão me manter forte também.
E, assim, os dias se passaram. Fé e positividade. Resignação e paciência.
Porém, o tempo é senhor, e resolveu nos testar. Diminuiu o ritmo dos dias, que passam cada vez mais lentos. Isso, somado à falta de grandes melhoras no quadro da pequena Luna, tem exigido demais de todos nós. Admito que há dias que me falta ânimo. Quando isso acontece, recorro às outras duas joias da minha vida, Sol e Gabi, a Deus e aos amigos espirituais. Tento estabelecer um equilíbrio para me manter sã. Dias difíceis esses...  família e amigos têm sido como anjos. Sou muito grata por tê-los em minha vida.
Neste 30º dia, enquanto escrevo e espero a hora de ver minha pequena, penso no quanto ela é especial e em toda a transformação que ela trouxe para nossas vidas. Sua coragem e força, diante de tamanho sofrimento... os dias passados na Neo, longe do conforto de casa e do amor e carinho da família. Tantos aparelhos, tantos desconfortos, tantos desconhecidos. E, ainda assim, um desejo imenso de ultrapassar tudo isso. Diante disso, que direito tenho eu de fraquejar?
Sou uma mãe de colo vazio, mas com o coração cheio de Amor, Esperança e Confiança. E por mais que esse tempo tente açoitar minhas convicções e sentimentos, não há nada que ele faça que possa vencer o sentimento que unem mãe e filho.

Brindemos, então, à vida. Esse instante tão raro.

10 de outubro de 2011

Apenas Mais Uma de Amor...


Como escrever sobre o Amor sem ser piegas? Pensei em começar com uma poesia ou com a letra de uma música. Esses são sempre bons inícios para essas coisas do coração. Nos deixam mais inspirados, sei lá... Eu sempre começo minhas cartas pra você assim, né? Mas como essa postagem é pública, queria que, de algum modo, fosse algo tipo 'pessoal e intransferível'. Não queria escrever coisas que coubessem em outras pessoas. Os sentimentos que trago aqui só dizem respeito a nós...

São quase oito anos de convivência. Algumas idas e vindas, desencontros e reencontros. Tentamos repensar nossas vidas separadamente. Não deu. Não dá.
Para muitos, somos um casal 'moderno'. Uma forma diferente de estar juntos. Para nós, somos simplesmente uma família. Sempre fomos. Antes mesmo da Sol chegar. E família 'é quem você escolhe pra você'.
Não é uma escolha fácil. São tantas dúvidas. Acho que a certeza só vem com o tempo. Com a vida. Essa vida que tem nos feito entender o quanto nossa sintonia é fina. Rara. Só nossa.

Descobrimos um pouco mais sobre nós nestes dias de dor, né?

Por detrás daquele cara relaxadão, superdescontraído e fácil de conviver, encontrei em você, ainda, um pai zeloso, comprometido, e um marido tão cuidadoso, que foi capaz de abrir mão de si mesmo para estar ao meu lado, entendendo minhas necessidades, minhas fraquezas e algumas recaídas que tive pelo caminho. Foi meu porto-seguro em todos os momentos.
Não que 'esse cara' não estivesse ali todos esses anos. É que nós, mulheres-mães, costumamos colocar todo mundo debaixo das asas e saimos por aí achando que podemos dar conta de tudo... mea culpa.
... Foi tão reconfortador não precisar ser tão forte o tempo todo...

Obrigada. Apesar de doloroso, todo esse processo tem sido gratificante e tem servido como fonte de transformação em nossas vidas. Não sei ainda quem seremos quando tudo isso acabar, mas creio que seremos pessoas melhores. Mais conscientes, mais amigas, mais atenciosas a tudo o que o Mundo tem para nos oferecer. Seremos melhores pais. Melhores amigos. Melhores amantes. Seremos cúmplices pelo resto da vida desses momentos que foram só nossos e que só servirão para nos tornar ainda mais companheiros.

Hoje entendo melhor o que é o Amor. Vai além do gostar, do tesão, do querer estar juntos. O Amor ultrapassa o sentido da vida... alcança o etéreo... e nos faz sentir tão plenos que, mesmo em meio às ondas mais turbulentas, nos permite seguir, serenos e confiantes, nosso navegar...

Amo-te. Pra sempre.

6 de outubro de 2011

Acretismo

...mais uma palavrinha feia que eu descobri nos últimos dias. Feia e perigosa. Ah, e bastante difícil de acontecer: 1 entre 2.500 mulheres tem placenta acreta. Agora pergunta se na Mega Sena eu acerto? Nem bingo eu ganho. Pois é, mais o tal do acretismo resolveu aparecer na minha vida e foi descoberto durante o parto da Luna, já bem complicadinho por si só.
Bom, segundo a wikipédia, acretismo ou placenta acreta é a "denominação que se dá à placenta que se adere anormalmente à parede uterina. É uma complicação obstétrica grave. A placenta geralmente se despreende da parede uterina de forma relativamente fácil, mas mulheres que possuem acretismo placentário durante o parto possuem um risco maior de hemorragia durante sua remoção. Isso geralmente requer cirurgia para conter o sangramento e remover completamente a placenta. Em formas graves pode frequentemente levar a uma histerectomia ou ser fatal". Assustador, né?
No meu caso, graças aos Céus, a penetração da placenta atingiu apenas uma pequena superfície do útero. E a equipe que me assistia no momento do parto contava com profissionais muito bons. Saldo disso tudo: uma barriga cheia de hematomas e a certeza de quanto minha vida é valiosa!
Uma vez me disseram que se a gente não conseguisse aprender nada com essas 'coisas' que acontecem na nossa vida, então nossa existência não teria valido a pena. Posso dizer com certeza: eu não sou mais a mesma pessoa de um mês atrás. Nunca as pequenas coisas tiveram tanta importância para mim. Coisas simples como tomar Sol, dormir ou acordar ao lado das minhas pequenas, ficar juntinho do meu marido, um leve abrir de olhos da Luna, cada respiro do Mundo tem um valor diferente agora. "O Coração, se pudesse pensar, pararia"

"... considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde ela me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.
Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também" - Fernando Pessoa.


3 de outubro de 2011

Diário de uma grávida hipertensa III

"Não me entrego sem lutar / Tenho, ainda, coração / Não aprendi a me render / Que caia o inimigo então"


A noite passou com certa dificuldade. Acordei na segunda com fome e tomei meu café da manhã antes de ir fazer a ultrassom. Quando voltei, a enfermeira já me aguardava com aquele aventalzinho nas mãos... tinha chegado a hora. Difícil explicar o que senti. Não era medo, mas uma certa tensão. Tentei me concentrar. Controlar a respiração e manter a mente tranquila, como tantas vezes havia feito nas aulas de ioga. Porque será que parecia ser tão fácil?
No caminho até o centro cirúrgico, minha mente ia se preparando para o que viria logo a seguir. Me lembro bem de todos da equipe médica se apresentando e conversando entre eles sobre futilidades do dia-dia. O anestesista demorou para conseguir aplicar a raqui. Eu não estava conseguindo relaxar. Depois de umas tantas tentativas, resolvi deitar no ombro da enfermeira e tentar me concentrar na minha respiração. Deu certo. Depois disso, as pernas adormeceram e comecei a ficar com sono. Não sei dizer quanto tempo se passou, mas pareceu não demorar muito até ouvir o chorinho da Luna. Pela prematuridade, até que o choro era forte. Ouvi alguém dizer quer era 12h20. Todos me olharam felizes, vieram me cumprimentar... que alívio... a partir daí relaxei. O sinal vermelho só voltou a piscar quando o médico sentou do meu lado e começou a falar sobre algum problema que teria acontecido durante o parto, mas que ele havia conseguido resolver fazendo um tipo de ‘suspensório’ para segurar o útero... De novo, informação demais...
Voltei para o quarto, sem entender bem o que estava acontecendo. Eu tava morrendo de fome, era mais de 3 horas da tarde. Tomei o café da tarde com gosto e jantei ainda faminta, às 17h30. Aquela foi a melhor comida sem sal que já comi na vida. A noite, já estava bem disposta para ir ver a Luna. Minha pequena guerreira. Nasceu com 970g... e toneladas de vontade de viver...
Eu ainda não sabia nada sobre acretismo e o risco que havia corrido durante o parto... era um novo capítulo dessa história...

Diário de uma grávida hipertensa II

"Os dias passam lentos... aos meses seguem os aumentos..."

No meu caso: ‘aos dias seguem os aumentos de pressão’... Lembro que a primeira noite não foi nada boa. Difícil dormir grávida? Imagine então numa cama alta de hospital, tendo que descer o tempo todo para ir ao banheiro e fazer xixi num pote...
Bom, mas como não sou de ficar reclamando, decidi encarar os dias em alto astral. Mesmo dormindo mal e suando frio por causa dos remédios, procurava acordar bem, mesmo que às 6h da manhã para tirar sangue e pesar, mesmo às 7h para fazer ultrassom ou às 8h para tomar o café da manhã. Enfermeiras a todo instante para aferir pressão, dar remédio... o pessoal do Ana Costa foi sensacional. O trabalho com a saúde pública é realmente uma vocação. Quase um dom. Tem que gostar muito de gente, e gente de todo o tipo. Fora a questão das doenças, desgraças diárias e estudar muito para estar sempre bem atualizado...
Fui tão bem tratada que nem sei como agradecer tantas gentilezas e palavras de conforto e carinho. A equipe médica também me surpreendeu. Médicos jovens, mas seguros e competentes. A maioria muito atenciosa, gastando minutos preciosos para explicar todos os riscos que corríamos, eu e o bebê, para mim e para o Rodrigo. Eles me deixaram muito segura e, mesmo com medo, não tive dúvidas de que eles estavam fazendo o melhor que poderia ser feito naquela situação.

Bom, sobre o resultado dos exames, os dias correram com algumas melhoras, algumas pioras. Pressão subia, pressão baixava. Muita proteína na urina. Ultrassom com variações boas e más do líquido e dos vasos que irrigam o útero. Tensão o tempo todo, sem saber qual seria o dia do parto. Minha amiga querida Renata foi me visitar e comprou as primeiras pecinhas para o enxoval da bebê. Eu não tinha arrumado nada. A Soninha também apareceu para dar um oi e deixar um presentinho. Foi muito bom ver rostos amigos nesses dias. Conversar sobre futilidades. Esquecer um pouco as preocupações... conversei com muitos amigos também pelo telefone... vozes amigas, de pessoas muito queridas, mandando energia boa pra gente.

No domingo, dia 25, recebi as duas melhores visitas da minha vida: a Gabi e a Sol foram me ver. Parecia que o arco-íris tinha entrado no quarto. Como era bom ver aquelas carinhas. Nem eu tinha me dado conta de como eu estava com saudade delas. Meus sogros também foram e foi quase que um piquenique na beira da cama. A Sol curtiu ficar subindo e descendo a cabeceira da cama com o controle e a Gabi queria contar todas as novidades da escola, de casa, cantar, dançar... elas também sentiam minha falta. Era duro ficar longe daquela rotina saudável de casa... Depois que eles foram embora, já combinado que o Ro não voltaria para dormir comigo, para poder levar a Sol na escolinha no dia seguinte, primeiro dia de aula dela, o médico foi até o quarto e pelo tom preocupado da voz dele e pela conversa eu já sabia que, dependendo do resultado da ultrassom da manhã seguinte, o parto seria feito na segunda-feira. Liguei para o Ro e pedi para ele voltar cedo. Precisava dele do meu lado. Ele voltou na mesma noite. O médico conversou com a gente de novo e deixou bem claro toda a gravidade da situação. Há uma linha tênue que separa a vida da morte. Estávamos sobre ela, esperando o melhor momento para seguir nosso caminho...

Diário de uma grávida hipertensa I

21/09/2011 - O Começo de tudo

Era para ser uma consulta normal e rápida de pré-natal. Saímos (Ro e eu) de Bertioga levando a Sol à tiracolo. A babá havia pedido demissão um dia antes e, para não sobrecarregar minha mãe, decidi levar a pequena com a gente para Santos. Mal sabia eu que o dia renderia e eu só voltaria para casa uma semana depois.

Cheguei cedo ao consultório e logo fui atendida. Quando passei pela porta da sala da médica percebi nela um semblante de preocupação. Eu estava inchada e com olheiras. Sinais nada bons para uma grávida. Depois dos exames de praxe, incluindo uma aferição de pressão (alta, por sinal), ela foi direto ao ponto: “você não volta mais para Bertioga até o final da gravidez”. E enquanto ela ia falando sobre o resultado dos meus exames (o de proteinúria tinha dado positivo e a ultrassom apontava um ‘aumento da resistência da artéria uterina direita com incisura protodiastólica’) e explicando os riscos que eu corria com a pressão daquele jeito, eu ia imaginando tudo o que deixei pra trás sem solução: a Gabi sem explicações, trabalhos inacabados, escolinha para a Sol, minha mãe preocupada, enxoval sem comprar, quarto sem arrumar... voltei para a realidade quando ela me disse que, caso acontecesse algum problema com meu plano de saúde, ela me internaria no Guilherme Álvaro, um hospital público que é referência em gestações de risco. Foi, então, que surgiu essa palavrinha: RISCO. E eu me dei conta de que não era um simples problema de pressão alta. O negócio era sério. Ela pediu pra chamar o Rodrigo e conversou com ele. Explicou tudo e deixou bem claro que eu não voltaria para Bertioga com aquele quadro, pois não haveria chance de vida para o bebê e eu correria grandes riscos.

Confesso que não foi fácil assimilar tudo isso de uma vez. Achava que a culpa era minha, mas sabia que estava fazendo todo o possível para me cuidar e cuidar do bebê. A dieta hipossódica, grandes períodos de descanso e os remédios nos horários certos, inclusive os da madrugada... tudo estava sendo feito, mas nada da bendita abaixar.

Bom, como não havia outro remédio, resolvi aceitar ‘a parte que me cabe deste latifúndio’ e partir para a luta. Corremos para o hospital Ana Costa e, depois de alguns exames, fiquei internada novamente. A Solzinha se comportou super bem, esperou eu terminar tudo e ir para o quarto com a maior das paciências possíveis a uma criança sapeca de 2 anos.

Meu marido foi fantástico, por isso merece uma postagem especial só sobre ele...rsrs. Verdade: não é fácil segurar a barra e ainda resolver todos os problemas de casa que eu havia deixado pra trás. Assim, resumindo este dia de fortes emoções na minha vida, fiquei internada com a pressão alta e a certeza de que não demoraria muito para conhecer o rostinho da minha filhinha, para quem nem o nome havia sido escolhido ainda... afe!

Sob Pressão

Nas últimas semanas descobri o que é viver sob pressão. Descobri também que, na gravidez, hipertensão é sintoma de uma ‘doença’ que tem um nome feio que só: eclampsia. Por conta dela, a partir da 25ª semana de gravidez, passei por dias tensos, recheados de elevações rápidas de pressão, edemas nos pés e rosto, algumas dores de cabeça e idas e vindas ao médico. Todos esses sintomas juntos me custaram uma internação de três dias no final de agosto. Porém, apesar da pressão alta constante (14x10 virou rotina), os exames não apontaram nenhum problema. Tudo negativo. Com a alta do hospital, voltamos para casa com uma pontinha de preocupação, mas confiantes de que era apenas uma crise de hipertensão.

Não que fosse fácil aceitar esse diagnóstico. É duro ter que aceitar uma doença sem saber direito de onde veio, para onde vai. Eu nunca tive pressão alta na minha vida. Muito pelo contrário. Sempre me gabei de ter escapado da ‘genética’ familiar que já obrigou meus irmãos a fazerem uso de remédios contínuos, faz minha mãe travar lutas diárias de um sobe e desce de pressão sem fim, e por anos perseguiu meu pai, que era cardiopata e que morreu aos 67 anos por conta de um infarto.
Eu, por minha vez, aos 35, tinha como doença mais grave em meu prontuário uma pequena cirurgia de varizes. Fora isso, duas gravidezes bem saudáveis – uma normal, outra cesária (e por conta do mau posicionamento do cordão umbilical) -, atividade física frequente, alimentação relativamente saudável e um estado de espírito tão zen que até irritava algumas pessoas...rsrs. E, então, do nada, no meio desta terceira gestação, surgiu a hipertensão na minha vida. Mas que já tá avisada: bora arrumar as malas, que aqui não é seu lugar...

1 de julho de 2011

Minha Vida de acordo com Chico Buarque...

Brincadeirinha tirada do Facebook... Achei bem legal. Trouxe para compartilhar aqui:



É o seguinte: escolha um cantor, cantora ou banda e responda as questões abaixo com o título de uma música deste artista... Meu escolhido foi o Chico Buarque (amo!!!), e o seu?



Você é um homem ou mulher? Lola
Descreva-se: Beatriz
Como você se sente: Cálice
Descreva o local onde você vive atualmente: Tanto Mar
Se você pudesse ir a qualquer lugar, onde você iria? Festa Imodesta
Sua forma de transporte preferido? Estação Derradeira
Seu melhor amigo: As Minhas Meninas
Você e seu melhor amigo são: Tatuagem
Qual é o clima? Tropicália
Hora do dia favorita: Meio Dia Meia Lua
Se sua vida fosse um programa de TV, do que seria chamado? Partido Alto
O que é vida para você: Bancarrota Blues
Seu relacionamento: Eu Te Amo e De Todas As Maneiras
Seu medo: Tanta Saudade
Qual é o melhor conselho que você tem a dar: Amanhã Ninguém Sabe
Pensamento do Dia: Com Açúcar, Com Afeto
Meu lema: Apesar de Você







14 de junho de 2011

Eu quero um!!














Podem me chamar de saudosista, mas não dá pra resistir a uma gracinha dessas!! Quem fez datilografia (tudo bem que não existem muitos datilógrafos hoje em dia!) sabe do que estou falando...rs...
O Valentine Notebook, um conceito inspirado na máquina de escrever da Olivetti com o mesmo nome, é um computador com cara de máquina de escrever. Ele é um pouquinho maior que os notes normais, mas não dá pra negar que é cheio de personalidade!

 

23 de maio de 2011

De volta à ativa... de gravidez a Zeca Baleiro!

Nossa, quanto tempo eu fiquei fora! Quase dois meses! Também, foram tantas novidades e atividades neste período que quase não me sobrou tempo pra nada. Explico: terminei meu TCC, ganhei outras obrigações no meu trampo e descobri que estava grávida.... uau. Esta última novidade foi de tirar o fôlego. Agora já estou mais acostumada com a ideia, mas não foi nada fácil, não... Portanto, entendam se agora eu começar a falar demais sobre bebês, decoração, roupinhas, alimentação saudável....kkkkk.... coisas de mamãe.


Show para ficar na história!

Bom, mas para comemorar o retorno aos posts, uma foto do show incrível que o Zeca Baleiro fez aqui em Bertioga em comemoração ao aniversário da cidade... tudo de bom!

 

1 de abril de 2011

Decorando para a Páscoa

Encontrei na net essa cestinha super fofa... fácil de fazer e que pode ser usada para várias coisas depois de decorar a mesa de Páscoa. Crédito e PAP aqui

23 de março de 2011

Nossa realidade nua e crua...

...com um toque de humor, claro!




via Jussara Gonzo



Todo adulto é uma criança!


Diz o querido escritor Rubem Alves (adoro!) que “o melhor de tudo são as crianças”... Nessa crônica ele conta que, em um congresso sobre Educação que participou na Itália, distribuíram uma página com os "Dez Direitos Naturais das Crianças", cujo conteúdo ele fez questão de compartilhar com a gente (que sorte!). Lá vai:

 
1. Direito ao ócio: Toda criança tem o direito de viver momentos de tempo não programado pelos adultos.

2. Direito a sujar-se: Toda criança tem o direito de brincar com a terra, a areia, a água, a lama, as pedras.

3. Direito aos sentidos: Toda criança tem o direito de sentir os gostos e os perfumes oferecidos pela natureza.

4. Direito ao diálogo: Toda criança tem o direito de falar sem ser interrompida, de ser levada a sério nas suas ideias, de ter explicações para suas dúvidas e de escutar uma fala mansa, sem gritos.

5. Direito ao uso das mãos: Toda criança tem o direito de pregar pregos, de cortar e raspar madeira, de lixar, colar, modelar o barro, amarrar barbantes e cordas, de acender o fogo.

6. Direito a um bom início: Toda criança tem o direito de comer alimentos sãos desde o nascimento, de beber água limpa e respirar ar puro.

7. Direito à rua: Toda criança tem o direito de brincar na rua e na praça e de andar livremente pelos caminhos, sem medo de ser atropelada por motoristas que pensam que as vias lhes pertencem.

8. Direito à natureza selvagem: Toda criança tem o direito de construir uma cabana nos bosques, de ter um arbusto onde se esconder e árvores nas quais subir.

9. Direito ao silêncio: Toda criança tem o direito de escutar o rumor do vento, o canto dos pássaros, o murmúrio das águas.

10. Direito à poesia: Toda criança tem o direito de ver o sol nascer e se pôr e de ver as estrelas e a lua.

“E aí” – escreveu Rubem – “eu pedi às crianças licença para acrescentar o décimo primeiro direito: "Todo adulto tem o direito de ser criança..."



11 de março de 2011

Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Repensar!


Navegando pela net, encontrei, entre os meus favoritos, esse tutorial super interessante para quem é ligado em reutilizar coisas. Sabe aquelas lâmpadas queimadas que a gente morre de medo de jogar no lixo e quebrar na mão de alguém? Agora elas podem ter uma utilidade bem legal, ajudando a decorar nossa casa com criatividade e bom gosto. Ou, então, para criar um clima diferente em uma festa temática ou um jantar... aí fica por conta da criatividade de cada um... Mas é importante ficar atento (a) para trocar a água diariamente ou optar por bolinhas ou areia... não vamos descuidar da Dengue!

A ideia original veio da Dani do Cabeça de Frade, mas esse PAP eu encontrei lá no decoeuração, da Vivi Pontes:









Material
1. cordão encerado
2. lâmpada queimada
3. tesoura
4. faca de ponta


1. Faça um furo na base da lâmpada com uma faca de ponta (pode não parecer, mas é molinho e fácil de furar).
2. Com uma tesoura corte a base da lâmpada mantendo boa parte do espiral metálico.
3. Dentro da lâmpada o miolo é composto por um vidro com uma espécie de cera dura, ou cerâmica. Vá quebrando com cuidado a borda de cera ou cerâmica e retirando o miolo, é a parte mais difícil pois não se pode apertar demais a lâmpada, mas consegue-se fazer com uma tesoura simples e a mesma faca de ponta.
4.Tire todo o miolo, corte as rebarbas do espiral e arremate pendurando com cordão encerado.


9 de março de 2011

Modernas, sempre.

Confesso que não sou expert em artes. Mas, como a maioria dos mortais, aprecio um bom quadro, uma boa música, um bom filme... Conversando com minha amiga Kélcia (essa sim, entendedora do assunto), e percebendo sua empolgação em ensinar artes para as crianças - mas nada daquelas aulas tradicionais de educação artística. Artes mesmo: Portinari, Picasso, Volpi... - resolvi homenageá-la com este post sobre a Tarsila: uma mulher à frente de seu tempo, uma dos Cinco grandes do Modernismo no Brasil. Ao lado de Anita Malfati, Menotti Del Picchia, Mario de Andrade e Oswald de Andrade (com quem acabou se casando) foi um dos principais nomes do Movimento Modernista, em 1922. Essas são minhas obras preferidas. Aprecie sem moderação...


ABAPORU
fonte: semanadaartemoderna.brazi.us


MANACA
fonte: museuvirtualsemanaartemoderna.arteblog.com.

OPERÁRIOS
fonte: museuvirtualsemanaartemoderna.arteblog.com.


Mais de Tarsila no site oficial da artista: www.tarsiladoamaral.com.br

8 de março de 2011

Livros, Livros... à mão cheia

Bibliotecas são meu sonho de consumo. Apesar de quase não estarem mais presentes nas casas, acho o máximo quem separa um lugarzinho para a leitura, estudos e para guardar os livros (sim, livros!!!). Afinal, nem só de Internet vive o homem...



Essa aqui foi retirada do site decoracao-interiores.net. A tradicional estante de livros casou muito bem com o sofá em estilo 'divã' e o aparador em jacarandá... Para minha casa, usaria alguns quadros ou esculturas modernas para contrastar com o ar 'inglês' do ambiente...

Hoje é Dia de Maria

Neste Dia Internacional da Mulher, dois presentes que representam a força e a delicadeza feminina: flores e poesia. Flores são sempre bem-vindas (tulipas são minhas preferidas!). Alegram nossas vidas, com seu perfume e beleza. Poesias alimentam a alma e nos fazem refletir sobre a vida, essa mágica aventura de nos doarmos diariamente, uns aos outros... Essa é de Mário Quintana:



Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

SalveMariasTerezasRosanesAnasKésiasElainesAngélicasPenélopesSôniasDanielasSofiasAdrianasAlicesRenatasAndréiasGabrielasKélciasElisabetesBrunasSandrasSimonesCarolinasPaulasDenisesMilenesClaricesDéborasElianasVilmasPriscilasLucianasAlexsandrasAcáciasKátiasLeilasMaríliasMalusCecíliasPagusRaqueisMarianasPatriciasJoelmasIvanildesVerasRobertasAntoniasPaulasFridasIvonesIsabeisBeatrizesMartasJoanasVaniasVandasEloisasVanuziasBetâniasBárbarasHelenasMãesFilhasAvósEsposasAmantesAmigasMulheresTodaMulher!

8 de fevereiro de 2011

Não quero mais ouvir a minha mãe reclamar...

Nossa, tinha esquecido como eu gostava desse grupo. Domingo tava flanando na rede, passando pelos canais da TV, quando parei na TV Brasil e dei de cara com um show ao vivo do Biquini Cavadão. Eu vibrei tanto e cantei junto todas as músicas, parecia até que eu tava lá... muito bom! A voz do Bruno é realmente marcante...

Bem aventurados sejam
Aqueles que amam
Essa desordem
Nós viemos a reboque
Este mundo
É um grande choque
Mas não somos desse mundo
De cidades em torrente
De pessoas em corrente...

Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra...

Viemos preparados
Prá almoçar soldados
Chegamos atrasados
Sumiram com a cidade
Antes de nós

Mesmo assim
Basta esquecê-la
No outro dia
Transformando em lataria
Tudo que estiver
Ao nosso alcance...

Chega de farra
Chega de marra
Chega de guerra
Quem nunca falha
Fala, erra
Sorte, joga
A primeira pedra
Aqui na terra
Bicho que pega
Fica violento
Meu raciocínio
Transformado
Em racionamento
Só que talento
É minha forma
De reprodução
Corta câmera, corta luz
Que eu continuo em ação
Aproveitando
Nossa liberdade de expressão

10 de janeiro de 2011

Tudo farinha do mesmo saco

Acabei de ler o livro do Ricardo Kotcho, Do Golpe ao Planalto, e cheguei a conclusão de que "chefe" é tudo igual. Eles nos contratam para  prestar assessoria, mas na verdade só querem alguém que lhes diga o quanto eles são geniais e suas ideias sensacionais. Claro, se fosse para receber críticas, eles consultariam seus concorrentes... leriam os jornais... depois reclamam que são cercados por baba-ovos...
Quando li as experiências de Kotcho como assessor de Lula e do PT me senti mais feliz: eu não estava sozinha no mundo 'dos que sabem tudo e não precisam de nada além deles mesmos'. Saias-justas e micos memoráveis fazem parte da profissão, em qualquer nível de Poder. Afinal, assessor existe mesmo é para levar a culpa pelos erros de seus assessorados...

Cecília

"No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E no planeta um jardim e no jardim um canteiro no canteiro uma violeta e sobre ela o dia inteiro entre
o planeta e o sem-fim
a asa de uma borboleta".