30 de novembro de 2011

Calendário do Advento

Resolvi fazer um 'calendário do Advento' este ano para as meninas acompanharem a chegada do Natal. Nos saquinhos, coloquei alguns 'mimos' que vão desde carimbinhos e doces, até 'vale-beijos' e imagens referentes à data...
Imaginem se já não estão superanimadas...

Pregadores feitos em EVA pela artista Pati Guerrato, um mais fofo que o outro!


Fiz saquinhos com números de 1 a 25, para coincidir com a chegada do Natal

Sol animadíssima para abrir os saquinhos... rsrsrs


O Calendário do Advento vem dos Luteranos alemães, que, ao menos até o começo do século XIX, faziam a contagem regressiva para o dia do Advento. Frequentemente, a contagem era feita com um simples risco de giz na porta a cada dia, começando em primeiro de dezembro. Algumas famílias tinha meios mais elaborados de marcar os dias, como acender uma nova vela (talvez a gênese das atuais coroas do Advento) ou pendurando um santinho na parede a cada dia.

Arte terapia

Nada melhor do que ocupar a mente nesses momentos de tensão.
Estava procurando alguma coisa diferente para fazer, como boa leonina que sou, e me lembrei dos trabalhos do amigo Johnny Baltazar... entrei no face, mandei uma mensagem para ele, combinamos detalhes... Resultado: curso básico de pintura country uma vez por semana, e em casa! Tudo de bom!!


Porta-chaves de galinha
  
Papai Noel

Também voltei a fazer minhas costurinhas, que aprendi a fazer com a querida amiga Kelcia na época em que estava de licença-maternidade pelo nascimento da Sol.  
Capa de caderno feito com o passo-a-passo da ana Maria Saciloto, no canal da Verapatchwork do Youtube

Bordadinho em toalha

11 de novembro de 2011

Quarenta e cinco

Ontem, Luna fez 45 dias.
Foram os 45 dias mais intensos da minha vida. Literalmente, dias de Terapia Intensiva. Aprendi muito sobre muitas coisas. Posso dizer que sei muito mais sobre prematuridade, UTI neonatal e todos os seus equipamentos: incubadora, monitores de frequencia, CPAP, cateter, sonda gástrica, NPP e tantos outros.
Mas, mais do que isso, aprendi sobre a vida, as outras pessoas e sobre mim mesma.
Durante todo esse período, pesquisei e conheci casos parecidos com o nosso. Muitas mães e pais que viveram ou vivem momentos difíceis dentro das UTI´s. Alguns com finais felizes, outros nem tanto, mas, com certeza, todos com alguma experiência de vida para compartilhar.
Também pude renovar meus votos de amizade com muitas pessoas que há tempos não via. Pelo facebook, muitos têm acompanhado nossa história e as vitórias de nossa pequena guerreira. Por lá, e por aqui, recebo manifestações de carinho e muita energia boa dos amigos de perto e de longe, que têm me ajudado muito a superar os desafios desses últimos dias e a quem eu serei eternamente grata.
A recuperação de nossa pequena tem sido à conta-gotas, do tamanho de seus passinhos, mas sempre positiva. Passou dos 970g  para 1.670g. Superou infecções, grandes e pequenas, e ainda as supera. Afinal, elas vêm e vão com uma rapidez inacreditável. Quando pensamos que uma etapa foi vencida, lá vem uma bacteriazinha ou um vírus dar mais trabalho.
Mesmo assim, ela vai se recuperando de maneira incrível. Hoje, estamos combatendo uma infecção no pulmão. Esperamos que ela responda bem aos antibióticos e logo possa dar adeus a ela também. A parte respiratória está sendo trabalhada e a máquina de oxigênio tirada aos poucos. O intestino, que deu bastante trabalho, agora está melhor. Já está recebendo 16ml de leitinho de 3 em 3h. Com o uso de sedativos, nossa pequena desenvolveu o que os médicos chamam de 'síndrome de abstinência'. Para tratar os sintomas, está tomando outros remédios (vai entender, né?)... Hoje ou amanhã tudo pode mudar, afinal numa UTI as coisas acontecem rapidamente. Mas seja lá quais forem as mudanças, tenho certeza de que nossa pequena se sairá muito bem, pois ela tem demonstrado a todo o momento que está disposta a lutar pela vida e que tem pressa para estar com sua família.
Do lado de cá, tento dar o melhor de mim. Procuro manter minha serenidade, minha lucidez. Busco criar uma rotina para o restante da família, deixando sempre o lugar da pequena Luna bem demarcado, até para a Solzinha já ir se acostumando com a ideia... ciumentinha, a pequena!
O leite tem diminuído um pouco. Além de alugar a bomba elétrica, também estou tomando um remédio receitado pelo pediatra da UTI e reforçado por minha ginecologista, o Dogmatil. Parece que a produção tem aumentado. Tomara!!
Esperamos os próximos dias com certa ansiedade, mas tentamos viver um dia de cada vez, por mais clichê que isso possa parecer. Há coisas na vida que nos fazem repensar o sentido do tempo. E tudo o que tem acontecido conosco mudou completamente a forma como eu encaro a vida, o mundo, as pessoas. Estou totalmente transformada, e sei que ainda há muito ainda o que mudar. Estou pronta.

1 de novembro de 2011

"Se eu me salvei, foi pela fé, minha fé minha cultura, minha fé..." O Rappa

Sábado e domingo fomos ver nossa pequena Luna pela manhã. Como o boletim médico só sai às 18h, nada de notícias oficiais no final de semana. Apesar disso, valeu a pena mudar o horário de visita. Passamos o sábado com nossos amigos queridos (foi tão bom! Tava sentindo falta de todos. Obrigada!) e o domingo na maior preguiça. Hoje papai foi vê-la à tarde e conversou com o médico. Ainda sem grandes a...lterações em seu quadro clínico, nossa pequena-guerreira vem recebendo o leitinho da mamãe aos poucos: agora 5ml. Esse é mais um período de espera. Paciência sendo testada no limite. E fé também. Às vezes fico pensando sobre isso, sobre a fé. Parece algo tão irracional, apenas 'crer' que a vida tomará o caminho que desejamos... a 'Fé que Move Montanhas'... No entanto, não há nada de irracional nesse sentimento que carrego dentro de mim. É algo tão natural, como se algum tipo de 'conhecimento' me possibilitasse entender o sentido do sofrimento, tranformando-o em uma dor 'menor'. Como a dor do parto: no momento em que parecemos sucumbir, ouvimos o choro do bebê e, então, toda dor e sofrimento são recompensados.Bem disse Kardec: 'não há fé inquebrantável senão aquela que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade'. Em mim, a fé se apresenta como um sentimento positivo sobre as coisas. É a convicção de que existe a real possiblidade das coisas acontecerem conforme nosso querer. Além disso, creio no poder do pensamento, da palavra e das ações. Então, crer está intrinsecamente ligado a uma postura positiva perante às adversidades, já que essa forma de encarar as coisas ajuda a transformá-las, de alguma maneira, a nosso favor... Se paciência e calma são ingredientes fundamentais á fé, delas farei minhas companheiras inseparáveis. Vibrações positivas para todos!