Nas últimas semanas descobri o que é viver sob pressão. Descobri também que, na gravidez, hipertensão é sintoma de uma ‘doença’ que tem um nome feio que só: eclampsia. Por conta dela, a partir da 25ª semana de gravidez, passei por dias tensos, recheados de elevações rápidas de pressão, edemas nos pés e rosto, algumas dores de cabeça e idas e vindas ao médico. Todos esses sintomas juntos me custaram uma internação de três dias no final de agosto. Porém, apesar da pressão alta constante (14x10 virou rotina), os exames não apontaram nenhum problema. Tudo negativo. Com a alta do hospital, voltamos para casa com uma pontinha de preocupação, mas confiantes de que era apenas uma crise de hipertensão.
Não que fosse fácil aceitar esse diagnóstico. É duro ter que aceitar uma doença sem saber direito de onde veio, para onde vai. Eu nunca tive pressão alta na minha vida. Muito pelo contrário. Sempre me gabei de ter escapado da ‘genética’ familiar que já obrigou meus irmãos a fazerem uso de remédios contínuos, faz minha mãe travar lutas diárias de um sobe e desce de pressão sem fim, e por anos perseguiu meu pai, que era cardiopata e que morreu aos 67 anos por conta de um infarto.
Eu, por minha vez, aos 35, tinha como doença mais grave em meu prontuário uma pequena cirurgia de varizes. Fora isso, duas gravidezes bem saudáveis – uma normal, outra cesária (e por conta do mau posicionamento do cordão umbilical) -, atividade física frequente, alimentação relativamente saudável e um estado de espírito tão zen que até irritava algumas pessoas...rsrs. E, então, do nada, no meio desta terceira gestação, surgiu a hipertensão na minha vida. Mas que já tá avisada: bora arrumar as malas, que aqui não é seu lugar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário